terça-feira, 10 de novembro de 2009

chave

O que voçês fazem para identificar as chaves?
Eu tentei isso. De feltro e dentro fibra acrílica e tetra pak.
Enquanto a wagon-família da Honda e o carro de passeio da Ferrari ainda são sonhos não concretizados, claro que a chave do único carrinho é inconfundível, mesmo assim um acessório para ele também, apesar de velhinho tem me servido muito bem.
Os caracteres japoneses são respectivos a carro, portão e portãozão (existe esta palavra?).



Depois de viver um pouco mais de 10 anos em outro país, longe da família, depois de ter tomado alguns tombos e sofrido algumas decepções acabei me fechando bastante.
Confesso que voltei ao Brasil como minha mãe disse, antipática.
Para ter idéia, eu até estranhava as pessoas que nunca vi puxando conversa em alguma fila ou ambiente público.
Muita gente lá fora diz que o povo brasileiro é muito extrovertivo, fala bastante e com qualquer um. O namorido diz que esse é um dos motivos pelo qual os estrangeiros apredem tão rápido nossa língua.
Estou me readaptando, eu até arrisco fazer algum comentário, ou quando recebo algum, já encaro sem estranhar, até com sorriso sincero, principalmente quando se trata da Airy. Também levo na esportiva os ¨elogios¨ dos pedreiros e alguns bêbados na porta de bar.
Antes da antipatia eu tinha era medo, no Japão não há tantos assaltos e assasinatos, a gente volta ao Brasil e depois de assistir Datena uma unica vez, fica muito difícil sair de casa. Nesta hora se algum desconhecido fala contigo, o pânico não deixa nem seu cérebro interpretar o que ele disse, ja pensa em assalto. Eu ainda pensava, que bom que não tenho cara de japa, que eu acho que é um dos alvos dos assaltantes. ¨Noticiário¨ estilo Datena ou Reinaldo Gottino só de passagem quando alguém assiste. Falo para minha mãe que é pior que filme de terror que ela não gosta, é o terror real.
Você deve estar pensando que mulher chata! É verdade. Tem uma máscara na minha cara que não deixava muito as pessoas se aproximarem, agora a a máscara parece que desbotou um pouco. Mas as pessoas que convieram por anos comigo vão dizer que um pouco fria as vezes, mas não sou uma bruxa má; e as que estão perto hoje vão dizer que estou muito sensível.
Para ter idéia, não posso assistir ao comercial de doação de órgãos do cachorro esperando o dono, só de digitar aqui já quero chorar. Se não se lembra pode assistir AQUI.

Acho que sempre fui sensível, lembro que depois de assistir ¨corações valentes¨ com Mel Gibson, os japas olhavam assustados as lágrimas da brasileira recém chegada saindo do cinema.
Não é só com filme ou noticiário, pessoas também me comovem. Ver ou falar com alguém querido que tenho saudade me comove. Ver um cão abandonado me comove. Ver uma criança pedindo ou vendendo algo no farol mexe muito comigo (mesmo não comprando). A falta de respeito das pessoas em transporte público para com os idosos me deixa revoltada. E por aí vão....
Mas tudo isso começou a florir mais forte agora, as chaves do meu coração foram abertas pela Airy.
Alguém já ouviu falar do seriado que passa a tarde no canal aberto chamado Xena? Ela era uma guerreira muito má e depois que teve um filho resolveu lutar pelo bem. Não sou guerreira como ela, mas com o nascimento da minha filha, virei manteiga derretida.

Um comentário:

Soraya disse...

Obrigada pelo carinho karen!Pode deixar,te aviso o dia da entrevista!!!
rsrsrsrsrs
beijos